Teria sido mais um domingo comum, entre tantos. Ele acordou meio tarde como de costume, pois durante a semana era obrigado a acordar cedo para ir ao trabalho e dar conta de seu corre-corre diário devido aos diversos compromissos que sempre assumiu.
Após o almoço em família, que era costume em sua casa nestas datas comemorativas (já nem lembrará qual data se comemorava, pois era sempre a mesma coisa), ele resolve ficar sozinho.
Ele liga a tevê, e adivinha? Nenhuma novidade! Os mesmos programas com as mesmas apelações. Ele lembra que havia locado um filme e resolvi ligar para ela e pedir sua companhia. Os dois assistem ao filme entre as tantas interrupções da família. A tarde vai se esvaindo e resolvem marcar para saírem juntos. Novidade? Nenhuma. Talvez os dois imaginassem como terminaria a noite, mas nem comentário fora feito...
Na manhã seguinte, rotina: trabalho, as mesmas tarefas, as mesmas pessoas... Só que naquela manhã ele via as coisas de uma maneira diferente, pois lembrava do que tinha acontecido durante a madrugada, não não podia falar com ninguém e externar o que viveu... Somente os dois sabiam, somente os dois tinham vivido e na lembrança deles, aquela madrugada se eternizaria.
Agora, ele tinha uma certeza, apesar de tudo que ouvirá durante sua educação religiosa que receberá de sua família: estava completamente livre de qualquer forma de pecado. Aquilo que viverá, jamais poderia ser pecado...
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